

Brava Gente
Adaptações de contos e peças nacionais ou internacionais, assinadas por diferentes roteiristas/diretores e interpretados por um elenco variado, alternando entre comédias e dramas.
Episódios

1. O Santo e a Porca
Dodô (Bruno Garcia) ama Margarida (Leandra Leal), filha de um rico comerciante. Com a melhor das intenções, o pai do rapaz, o fazendeiro Eudoro (Rogério Cardoso), escreve uma carta ao pretenso sogro Euricão (Marco Nanini) pedindo a ele o seu maior tesouro, ou seja, a mão de sua filha em casamento. Euricão pensa que Eudoro quer roubar sua fortuna, seu “maior tesouro”: uma porca de argila onde ele esconde uma grande quantia em dinheiro economizado há anos. A tia da menina, a solteirona Benona (Nicette Bruno), acredita que o pedido de casamento é para ela. Dodô acha que o pai vai se casar com sua amada. Para ajudar o jovem casal apaixonado, Caroba (Denise Fraga), a empregada de Euricão, arma um plano mirabolante. E dá certo. No final, todos se casam – Dodô com Margarida, Eudoro com Benona e até Caroba com Pinhão (Tadeu Mello). Apenas Euricão continua sozinho, obcecado por sua porquinha cheia de dinheiro.

2. Enquanto a Noite Não Chega
O casal Eleutério (Mario Lago) e Conceição (Eloísa Mafalda) estão juntos há 75 anos e vivem em uma cidadezinha. Teodoro (Flávio Migliaccio) é o coveiro do lugarejo e jurou que ficaria na cidade até enterrar o último morador, que poderia ser um dos dois velhinhos. Mas os idosos vivem uma vida feliz, na simplicidade de um amor maduro, sem indícios de que vão “partir”. Sentem apenas saudades do filho Adroaldo (Caio Junqueira), morto na Segunda Guerra Mundial. Um dia, Teodoro não aparece para o jantar, como fazia todos os dias. Eleutério e Conceição resolvem ir até a casa dele para averiguar o que havia acontecido. Eles caminham pelas ruínas da cidade, relembrando momentos de suas vidas e antigos amigos. E ao chegar na casa de Teodoro, o casal o encontra deitado na cama, já sem vida. Nesta história marcada pelo tom poético e delicado, o casal revive boas lembranças e acaba sobrevivendo ao coveiro.

3. Meia Encarnada Dura de Sangue
Em 1953, no interior gaúcho, o humilde Bonifácio (Sérgio Menezes) trabalha em um matadouro e, nos fins de semana, joga futebol no Vinte de Setembro, time formado por negros pobres da cidade. Bonifácio um craque. Ele recebe a proposta de ir para o clube rival, Serrano, a equipe de brancos e ricos dirigida por Almeida Guimarães (Francisco Cuoco). Bonifácio só aceita porque o novo contrato dará a ele uma casa e dinheiro suficiente para se casar com sua namorada, a empregada doméstica Elisa (Camila Pitanga). Por conta da mudança, passa a ser recriminado pelos ex-companheiros de time, que o chamam de “crioulo vendido”. Na véspera da estreia, contra o próprio Vinte de Setembro, ele sofre um acidente. Enquanto está desossando uma carcaça de boi, seu emprego, distrai-se e acaba cortando o pé. Determinado a jogar, Bonifácio improvisa um curativo e entra em campo sangrando.

4. Um Edifício Chamado 200
Em um prédio de classe baixa, o passatempo de Gamela (Luiz Fernando Guimarães) - um homem maduro, meio lunático e sem dinheiro – é preencher bilhetes da loteria esportiva e consultar o horóscopo. Sua mulher, Karla (Claudia Raia) reclama da pobreza em que vive o casal. Até comida falta em casa. Mas nada disso impede a visita inesperada de Ana (Bianca Byington), ex-namorada de Gamela.

5. Um Capricho
O porteiro Epidauro (Diogo Vilela) trabalha em um prédio residencial na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele é apaixonado por uma das moradoras, Beatriz (Taís Araújo), que sonha em ser atriz. O porteiro não mede esforços, nem consequências, para chamar a atenção da moça. Um dia, Beatriz e sua amiga Gisele (Claudia Lira) vão a uma festa e Epidauro as segue. Ele se declara à Bia, mas Gisele avisa que a jovem só se interessaria se ele fosse famoso. Epidauro faz várias tentativas de aparecer na televisão, todas sem sucesso. Ele tem, então, a ideia de fingir um assalto à agência bancária onde Beatriz trabalha, para atrair a atenção da mídia e, assim, aparecer na frente das câmeras. Epidauro acaba levando um tiro e morre, mas consegue o que queria: aparecer na TV.

6. Um Casamento Enganoso
A história, originalmente ambientada na Espanha do século XVII, é transportada para o auge do ciclo do ouro em Minas Gerais, no século XVIII. A bela e ambiciosa Estefânia (Carla Marins) acredita que sua única alternativa para melhorar de vida é fazer um bom casamento – ou seja, na sua concepção, arrumar um marido rico. Um dia chega à cidade Dom Alberico de Campusano (Tonico Pereira), trazendo um baú cheio de joias. A caixa é deixada com o capitão da guarda (Paulo Gorgulho). Estefânia fica sabendo da presença do rico homem e bola um plano para "fisgá-lo”. A moça se faz passar por fidalga, ocupando o casarão de sua prima Clemência (Elizabeth Savala), que estava viajando. Alberico se apaixona, casa com Estefânia e leva o baú para o casarão. No dia seguinte, Clemência volta de surpresa, e Estefânia foge com as joias de Alberico. A moça acha que ficou rica, mas acaba descobrindo que as joias eram falsas e que, na verdade, Alberico lhe aplicara “o golpe do baú”.

7. Palace II
Os amigos Acerola (Douglas Silva) e Laranjinha (Darlan Cunha) moram em uma favela do Rio de Janeiro. Eles querem ir a um show de pagode, mas não têm dinheiro. Para conseguir a quantia necessária para pagar os ingressos, os dois têm a ideia de roubar o portão da casa de uma vizinha. Quando estão levando o portão até uma loja para vendê-lo, são surpreendidos pelo traficante Nefasto (Rubens Sabino), que pede aos meninos que levem alguns papelotes de cocaína para um amigo e depois lhe tragam o dinheiro da venda da droga. Logo em seguida, aparece o dono do portão, outro traficante da favela, chamado Madrugadão (Jonathan Haagensen). O bandido os ameaça com um revólver, obrigando-os a recolocarem o portão, e pega os papelotes de cocaína. Com medo do castigo que receberiam por terem perdido os papelotes, eles procuram Nefasto e explicam a situação. O traficante dá até o dia seguinte para que os meninos consigam o dinheiro da droga.

8. O Condomínio
Brasil, início da década de 1980. João (Murilo Benício) é um ex-militante de esquerda anistiado que se muda com a família para um condomínio de classe média. Ele e a mulher, Sandra (Andréa Beltrão), também militante, foram presos e torturados na época do regime militar, e ainda sofrem com os pesadelos do trauma vivido. Um dia, João encontra Sergio (Luis Melo), o homem que o torturou, na garagem de seu prédio. Para agravar ainda mais a situação, João descobre que o homem é o pai do novo amiguinho de seu filho Vladimir (Gabriel Mergulhão). Um dia o casal recebe a visita de Leonor (Eliane Giardini), convidando-os para uma reunião de condomínio. Logo percebem que a mulher é esposa de Sergio.